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A «VIA NOVA» no Alto Império
A «VIA NOVA», sob as dinastias dos Flávios e Antoninos, assinala uma nova fase do desenvolvimento do Noroeste Ibérico, em que a rede viária assume uma função política, administrativa e económica relevante. Sob a alçada de Tito e Domiciano, as regiões interiores da Callaecia vão ser rasgadas e aproximadas, com a abertura da «VIA NOVA», verdadeiro eixo diagonal que atravessava a Serra do Gerês e as montanhas da Galiza interior. A iniciativa dos Flávios constitui uma nova etapa da política de Augusto, o reforço do sistema dos grandes eixos viários, como canais de urbanismo, facultando o estatuto municipal a numerosos aglomerados: Iria Flavia, Flavium Brigantium, Bergidum Flavium, Interamnium Flavium, Aquae Flaviae. A hierarquização da rede urbana leva, por outro lado, à emergência de Fora - Forum Limicorum e Forum Gigurrorum, que se localizavam, junto ou próximo da «VIA NOVA».
Com a dinastia dos Antoninos, no século II, Braga e Astorga, bem como a rede viária que controlam, assumem o estatuto de verdadeiras portas de entrada para o Noroeste. A triangulação entre as capitais de conventus - Braga, Lugo e Astorga, para além de ser reforçada pela «VIA NOVA», é completada por variantes (diverticula) e numerosas vias secundarias. Depois de uma fase mais conturbada, vivida na segunda metade da dinastia dos Antoninos, a chegada ao poder dos Sevéros marca um novo período de afirmação do poder imperial. Ao longo do século III são numerosos os imperadores registados em miliários da «VIA NOVA» destacando-se, pelo significado de política edilícia, os marcos de Máximo e Maximiano (235-238). Antoniano de Galieno (267 d.C). |