Vias Romanas em Portugal
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Recortes da Imprensa


Ponte Romana de Negrelos recuperada
Foto da Ponte já recuperada Foto da Ponte A Ponte Romana de Negrelos sobre o rio Vizela, ligando Moreira de Cónegos a São Martinho do Campo foi felizmente recuperada numa obra que respeitou o mais importante vestígio viário de origem romana da região. A ponte foi assim salva da situação de pré-ruína em que se encontrava (ver foto ao lado), apesar de estar classificada como Monumento Nacional e o facto de estar aberta ao tráfego. Apesar de ter sofrido diversas reconstruções posteriores, a ponte ainda apresenta uma feição romana com arcos de volta perfeita e tabuleiro plano, mas os mais evidentes sinais de romanidade estão nas pedras empregues na sua reconstrução, com diversos blocos almofadados e marcas de fórfex, revelando a utilização de maquinaria romana na sua construção original (ver info). Atendendo ao seu alinhamento é provável que pertencesse a uma das rotas que, partindo de Braga, se dirigia para o rio Douro, por itinerários ainda duvidodos pois existem outras duas pontes eventualmente de origem romana mais a montante do rio Vizela: a ponte velha de Caldas de Vizela, dita romana pela tradição e por se situar junto ao balneário romano, mas que apresenta somente vestígios medievais, e principalmente a Ponte de Vila Fria ainda com alguns sinais de romanidade como blocos almofadados e marcas de fórfex, mas muito alterada em épocas posteriores. Desta última ponte parte um troço de calçada romana bem conservado que continua em asfalto junto ao Mosteiro de Pombeiro na sua rota até Felgueiras.
21 de Março de 2006
Ver o itinerário Braga Mérida

Calçada de Albergaria da Serra foi destruída
Foto da calçada em Gestoso Lamentavelmente, o troço de calçada, presumivelmente pertencente à via romana Porto-Viseu, que partia da aldeia de Albergaria da Serra (ou das Cabras) no alto da Serra da Freita, em Arouca, foi destruída pelo obras de "Requalificação de Serra da Freita" que decorrem na serra por iniciativa da Câmara Municipal de Arouca . Mais uma vez, por mais incrível que pareça, são os próprios serviços do estado que promovem a destruição do nosso património. No fim sacrificou-se o património cultural em nome do património natural numa acção que só menorizou os atractivos turísticos da serra. A calçada foi toda esventrada e substituída por paralelo idêntico ao já utilizado nos restantes caminhos "requalificados". Para já ainda subsiste o fantástico troço de calçada na aldeia de Gestoso (na foto), continuação da via que passa em Portela da Anta, mas ao ritmo que as coisas estão não faltará muito tempo para que a sua destruição esteja consumada...
21 de Fevereiro de 2006
Ver itinerário romano de Porto a Viseu

Via romana em Gaia está a desaparecer
Foto da calçada em Gestoso O troço da via romana em Canelas, Vila Nova de Gaia está a desaparecer aos poucos. Esta calçada pertence ao importante Itinerário XVI de Antonino que ligava BRACARA AUGUSTA a OLISIPO, sendo por isso uma das principais viae publicae da época como aliás ainda hoje o é. Este troço foi descoberto nos anos trinta durante as obras de alargamento da estrada efectuadas pela JAE. Esta instituição teve na altura sensibilidade para efectuar a limpeza e recuperação da via, mas a partir daí foi votada ao abandono. Armando de Mattos publicou algumas fotografias no seu pequeno livro "As Estradas Romanas no Concelho de Gaia" que pode ser consultado na Biblioteca Municipal de Gaia. Nos últimos tempos uma urbanização mutilou a calçada em vários sectores já que o empreiteiro construiu vários acessos cortando a via. Não sei se o fez ilegalmente ou com a anuência da câmara, o que pouco importa já que os danos são irreversíveis. Ironicamente um dos novos arruamentos foi baptizado como Rua Romana! Acresce a estes tristes factos a situação periclitante do talude que suporta a via mesmo ao lado da EN1 que vai pouco a pouco desabando arrastando com ele os vestígios da calçada.
21 de Maio de 2004
Ver itinerário da Via Romana XVI entre Braga e Lisboa

Ponte Romana de Vouguinha em risco de ruína
Foto da Ponte do Vouguinha A Ponte Romana de Vouguinha está em risco de cair apresentando duas grandes fissuras que "rasgam" o seu único arco de alto a baixo. Como se pode ver na foto ao lado, a ponte está em risco de ruína a qualquer momento. Esta ponte está inserida no itinerário romano de Viseu a Moimenta da Beira, mas não é certo que a sua forma actual seja romana, podendo ter sido reconstruída em épocas posteriores, embora este facto não lhe retire a sua importância patrimonial. A sua decadência acentuou-se ao deixar de ser utilizada após a construção da nova ponte em betão mais a montante. Esta ponte sobre o rio Vouga situa-se na EN323 entre os lugares de Maeira de Baixo, freguesia de Cepões e Vouguinha, na freguesia de Côta, ambas pertencentes ao concelho de Viseu.
17 de Julho de 2004




Ponte Romana de Chaves vai ser requalificada
Foto da Ponte Romana de Chaves «A ponte romana de Chaves, um dos vestígios mais evidentes da civilização romana no país, vai ser requalificada. Além da retirada de uma série de elementos (cablagens) que sobrecarregam a travessia, com 19 séculos de existência, a intervenção prevista a nível do tabuleiro vai favorecer o seu uso pedonal. No entanto, politicamente, pelo menos em termos temporais, a decisão de retirar definitivamente o trânsito do local ainda não está tomada O projecto de arquitectura já foi aprovado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e em reunião de Câmara. As obras deverão arrancar no próximo ano e deverão custar cerca de 300 mil euros, 75% dos quais são fundos comunitários. As alterações previstas, nomeadamente a nível do pavimento do tabuleiro, são favoráveis à sua total pedonalização, ao contrário do que acontece agora. (...).»
in Jornal de Notícias 8 de Novembro de 2006 Ver itinerário da Via Romana Braga-Chaves-Astorga

Calçada romana encontrada em Tavira
Foto da Calçada « Foi no início do Verão que o historiador Luís Fraga da Silva descobriu, por mero acaso, um pequeno troço de uma calçada romana, no sítio de Montes e Lagares, a cerca de 500 metros do polidesportivo de Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira. Os cerca de 75 metros de calçada que estão a descoberto pouco interesse teriam, não fosse o caso de fazerem parte de uma antiga via romana que ligava as povoações algarvias de Ossónoba (Faro) e Balsa (Tavira) às cidades de Pax Júlia (Beja) e mais a norte, a Salacia (Alcácer do Sal). (...) O caminho continua para além do que está a descoberto, em pelo menos mais 125 metros. Segundo os historiadores, a estrada deverá seguir para norte, em direcção a Cachopo, passando por Cabeço do Velho, Mealha, Moinho do Pereirão, São Pedro de Solis, Caiada, Sete e terminará em Santa Bárbara de Padrões (antiga ARANNIS), no concelho de Castro Verde. (...) No caso do troço agora identificado em Santa Catarina ainda hoje é usado, sendo conhecido localmente como a "Calçada dos Mouros". »
in Região Sul 24 de Novembro de 2005 Ver itinerário da Via Romana entre Faro e Beja

Via cheia de história limpa para andar a pé
Foto da Ponte do Prado « Para quem vinha de Bracara Augusta (Braga), no sentido de Lucus Augusti (Lugo), a entrada na Via Romana XIX, em território administrativo de Vila Verde, tal como o conhecemos actualmente, fazia-se na actual área da ponte medieval de Prado. Seguia, depois, por diversas freguesias situadas a nordeste, ainda não claramente identificadas. Agora, a Câmara de Vila Verde tem um projecto para identificar, limpar, sinalizar e valorizar os lanços da calçada romana, em cerca de dez quilómetros. (...) Para o professor universitário, Sande Lemos, "a sinalização dos percursos deve ser feita o mais depressa possível porque estão ameaçados", dando o exemplo "de parte da Via XVII que, não fosse o facto do anterior projecto ter feito a sua sinalização, teria sido destruída". »
in Jornal de Notícias 28 de Novembro de 2005 Ver itinerário da Via Romana XIX entre Braga e Astorga

Percurso "Vias Augustas" inaugurado
« O primeiro percurso do projecto "Vias Augustas", que visa a recuperação de 750 quilómetros de calçadas romanas que ligam Braga a Astorga, em Espanha, foi inaugurado ontem em Montalegre. Quase 2000 anos depois de terem sido construídos, parte dos 35 quilómetros de via romana recuperados foram percorridos por cerca de 200 pessoas num percurso que teve início na aldeia de Currais. Fonte da autarquia disse que o projecto "Vias Augustas", iniciado em 2003 por 17 entidades portuguesas e espanholas, e que deverá estar concluído no final do ano, consiste na recuperação de 750 quilómetros de duas calçadas romanas, que ligam Braga a Astorga. »
in Diário de Notícias 6 de Junho de 2005

Calçada antiga ao abandono
Foto da Calçada « O Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo (PARM) quer avançar com a candidatura de alguns antigos caminhos rurais a património classificado, pelo menos com o título de valor concelhio.(...) Uma das antigas vias que Rebanda gostaria de ver preservada é a de Souto da Velha, um antigo caminho que ligaria aquela aldeia à de Carviçais. Tudo indica que o caminho seja da época romana, mas não há certeza absoluta, pois está por apurar se a origem é romana ou medieval. (...) O caminho encontra-se em mau estado de conservação, com vários troços destruídos. A via está coberta de vegetação e a situação só não é pior porque os residentes em Souto da Velha ainda o usam como caminho agrícola. (...) »
in Jornal de Notícias 17 de Maio de 2005 Ver itinerário romano entre Palencia e Torre de Moncorvo

Agricultor destruiu ruínas romanas
Foto da Fonte do Milho « A Estação Arqueológica do Alto da Fonte do Milho, em Canelas, Peso da Régua, foi, ontem, destruída em grande parte, a mando de um particular durante a renovação de uma vinha. Classificada como monumento nacional desde 1959, a estação arqueológica ocupa cerca de um hectare, inserindo-se na zona do Alto Douro Vinhateiro, elevada pela UNESCO a Património da Humanidade. Máquinas de grande porte "entraram pela muralha dentro e destruíram tudo", disse o presidente da junta de Canelas, António Silva Monteiro. Segundo o autarca, "também o lagar ficou bastante danificado". (...) A Villa romana fortificada tem vestígios de ocupação e da produção de vinho desde o século I. »
in Jornal de Notícias 28 de Abril de 2005 Ver site sobre a Fonte do Milho

Ponte romana de Muge vai ser recuperada
« As obras de requalificação da ponte romana de Muge, vão custar aproximadamente 120 mil euros. A intervenção, que começou no passado dia 12, tem como objectivo recuperar um dos mais importantes vestígios da presença romana no concelho de Salvaterra de Magos. (...) Para a presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro, «a reabilitação da ponta romana de Muge, conjugada com a dinamização do centro Interpretativo Cabeço dos Morros (os conhecidos concheiros de Muge), que é o maior complexo mesolítico da Europa, representa uma aposta, e um evidente esforço, de todo o município na defesa e valorização do património histórico do concelho». »
in Diário de Notícias 27 de Dezembro de 2004

Calçada romana destruída em Aguiar da Beira
Foto da Calçada « O Tribunal Judicial de Trancoso (TJT) deu provimento à providência cautelar que impede a Junta de Freguesia de Carapito, em Aguiar da Beira, de proceder a enterramentos na parte ampliada do cemitério antigo. A acção foi movida por um habitante da aldeia, José Almeida, que acusa aquela autarquia de ter aumentado a área do cemitério, sem respeitar os limites de afastamento da habitação onde reside com a família. (...) O autor da acção acusa a junta de ter tapado um caminho público, destruído uma calçada romana e ter deixado o cemitério a 10 metros de sua casa. »
in Jornal de Notícias 12 de Abril de 2005

Via Romana XVII em Valpaços recuperada
Foto da Ponte de Possacos « A Via Avgusta XVII, que liga Braga a Astorga, passando pelo coração do concelho de Valpaços, vai ser recuperada até ao final do ano. Posteriormente, esta via romana, vai ser candidatada à classificação de património nacional. A Via Avgusta XVII tinha origem em Braga, no local onde hoje existe o Largo Carlos Amarante, e percorria os actuais municípios de Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Montalegre, Boticas, Chaves, Valpaços, Vinhais, Bragança (em território português), e Vilardeciervos, Santibañes e Rosinhos de Vidriales, Camarzana de Terra e Castrocalbón, terminando em Astroga (em território espanhol). (...) O projecto, que teve início já no ano de 2003, fica concluído até finais do corrente ano de 2004. O que significa que, a partir do início de 2005 será possível percorrer a pé os 400 km da Via Avgusta XVII. »
in Espigueiro 20 de Maio de 2004 Ver itinerário da Via Romana XVII entre Braga e Astorga por Valpaços

Linha do norte esconde via romana
Foto da Calçada « Uma via romana foi encontrada na localidade de Paialvo, concelho de Tomar, junto à linha ferroviária do norte. O achado foi feito depois de a Refer, responsável pela requalificação da Linha do norte, ter encomendado um levantamento arqueológico ao longo da via férrea entre Entroncamento e Albergaria-dos-Doze, a cargo do Centro de Interpretação da Pré-História do Alto Ribatejo. Num espaço de cinco por quatro metros quadrados os arqueólogos escavaram quatro estradas até encontrarem a via romana, num trabalho que dura há cerca de um mês. Retirado o alcatrão, foi encontrada uma estrada mais estreita, feita possivelmente nos anos 70. Por baixo desta apareceu então uma estrada lajeada, com blocos de calcário, que levou os arqueólogos a suporem tratar-se da famosa via romana. Tanto que até começaram por numerar cada pedra. Quando as 462 pequenas lajes foram retiradas deu-se a descoberta do verdadeiro achado - a estrada romana estava escondida por debaixo dessas lajes. (...) De acordo com o professor Laurent, que está a fazer o levantamento arqueológico para a Refer, as obras de melhoramento da via irão destruir quase metade da estrada, devido ao alargamento do talude. (...) Na última terça-feira, pouco restava da histórica estrada romana. As pedras correspondentes a cerca de cinco metros de via, que tinha 2,4 metros de largura e 20 cêntimos de altura, foram levadas para o Centro de Interpretação da Pré-História do Ribatejo norte, em Vila Nova da Barquinha, onde um pedaço de estrada será reconstituído exposto aos visitantes. »
in O Mirante 29 de Abril de 2004 Ver itinerário da Via Romana XVI entre Braga e Lisboa

Descoberta calçada romana na Misarela
Foto da Calçada « A equipa de arqueólogos que acompanha todas as intervenções da empresa Águas do Zêzere e Côa descobriu um troço de calçada romana junto à ponte da Misarela, que se supõe ser a continuidade da existente na freguesia de Pêro Soares. A descoberta resulta de uma série de prospecções que foram feitas ao longo da estrada que atravessa o Vale do Mondego por se reconhecer que existia uma grande possibilidade de se encontrarem vestígios da calçada romana. Ivan Garcia, coordenador da equipa de arqueologia, explicou ao TB que a zona era considerada de «risco arqueológico», tendo em conta as cartas militares e o facto de existirem troços da calçada na zona. Das várias sondagens realizadas no local, nomeadamente ao longo da estrada, duas revelaram-se positivas. Ambas nas proximidades da ponte da Misarela. Um troço da calçada foi descoberto ao fundo do troço já descoberto que desce uma pequena encosta do lado de Pêro Soares e outro junto à pequena capela que se encontra no acesso para Vila Soeiro. »
in Terras da Beira 29 de Abril de 2004

Descoberta muralha romana de Viseu
Foto da Muralha « Incrédulos com a proposta do IPPAR de voltar a enterrar os vestígios da muralha romana descoberta em Viseu, os arqueólogos responsáveis pelo achado exigem que se "estudem todas as possibilidade" de musealização. (...) Há cerca de 15 dias, as obras de requalificação da Rua Formosa puseram a descoberto um troço da muralha que delimitava a cidade no século IV. A construção foi considerada "imponente", "muito bem conservada, com grandes pedras aparelhadas e muito bem sobrepostas". (...) A solução mais consensual apontava para a colocação de um piso de vidro, que permitisse à população usufruir da memória arqueológica da cidade. Anteontem, técnicos do IPPAR estiveram no local, tendo proposto que a muralha seja de novo enterrada, sinalizando o local com um painel de fotografias e desenhos. Alegaram a complexidade e os custos elevados do projecto de musealização. A humidade - fungos e musgos - e o trabalho de manutenção que iria exigir são outras das dificuldades apontadas. Incrédulo, Pedro Sobral acusou o IPPAR de optar pela "decisão mais fácil". "Fico muito triste. Penso que foi uma atitude muito precipitada, decidida em apenas dois minutos, que é grave para o futuro arqueológico da cidade", frisou. Lembrou que em Viseu existem dois exemplos - a basílica paleo-cristã, junto à Sé Catedral, e a muralha ao fundo da Rua do Comércio - de descobertas assinaladas no chão e completamente desconhecidas do cidadão comum. (...) Reafirmando o "valor excepcional" da descoberta, Pedro Sobral defende uma reunião entre arquitectos, arqueólogos, conservadores e engenheiros para "serem estudadas todas as possibilidades" de musealização. (...) »
in Público 20 de Março de 2004

Geira romana a Património Mundial
« Investigadores de Portugal e Espanha pretendem candidatar o troço romano da via XVIII entre Amares e Bande a Património Mundial até 2008. A decisão foi avançada ontem no Comité de Coordenação e Acompanhamento das Vias Augustas, que junta entre ontem e hoje em Braga representantes de onze municípios portugueses e de sete entidades espanholas. Tal como a via XVIII, a via XVII está a ser recuperada desde 2003 e, no início de 2005, poder-se-á ir a pé de Braga a Astorga. Os 40 km da Geira a serem apresentados a Património Mundial da UNESCO até 2008 são o único local do império romano com marcos miliários (há 220) em plena floresta do Parque Nacional da Peneda-Gerês, uma calçada extremamente preservada e vestígios de albergues de peregrinos e de legiões romanas. Recentemente classificado como património nacional, o percurso (...) vai ser sinalizado e transformado num núcleo museológico ao ar livre, com uma galeria de miliários na Portela do Homem e um museu em São João do campo, servindo de eixo de investigação das vias augustas. (...) (...) Até ao momento, estão a ser identificados os traçados das vias XVII e XVIII (neste último caso, fora da zona Amares-Bande), através de cinco critérios, e por esta ordem: presença de marcos miliários, pontes, calçada conservada, via inclinada de 5 a 7 por cento, toponímia e documentos medievais. O espanhol António Rodriguez Colmenero é o coordenador científico deste programa Vias Augustas(...). »
in Público 27 de Fevereiro de 2004

Obra da EDP ameaça barragem romana de Belas
« O presidente da Junta de Freguesia de Belas, Guilherme Dias, está revoltado contra o que considera um "grave atentado" por parte da EDP à barragem romana de Belas, um monumento nacional datado do século III. "Cheguei ao local na segunda-feira, estavam os operários de um empreiteiro ao serviço da EDP a abrir os buracos no paredão sul da barragem para depois colocar os postes de alta tensão. Caiu-me o coração nas mãos", relata o autarca. "Eu pensei: será possível ou estou a sonhar?" A barragem romana de Belas, entalada entre a estrada municipal que liga a vila a Serra de Casal de Cambra e a EN 250, (...) Reconhecida e estudada desde o século XVI, é uma contrafortada construção maciça em pedra, com oito metros de altura, a mais alta de todo o Império Romano, datada do século III. O percurso inicial da estrutura romana, que cortava todo o vale, foi utilizado pelo Aqueduto das Águas Livres, confundindo-se os perímetros de protecção das duas infra-estruturas. O monumento engloba um conjunto de engenharia hidráulica que pressupõe a detecção e a escolha de várias nascentes próximas, cuja grande qualidade e abundância dos caudais terá permitido a execução de uma barragem de pedra e cantarias que tornam possível o acesso ás águas que se acumulam no seu interior. Por Belas passava também a estrada romana que ligava OLISIPO (Lisboa) ao litoral português. A junta de freguesia tem, inclusivamente, uma maqueta da barragem romana feita com base num quadro do pintor do século XVI Francisco de Holanda, que viveu ali bem perto, no Casal de Quintão, numa época em que o monumento ainda não fora amputado para a construção da Estrada Nacional 250 e apenas um caminho em terra batida conduzia à zona. »
in Público 24 de Dezembro de 2003

Conduta de água destrói via romana
Foto da Calçada « Uma das principais vias romanas do Algarve, construída há 2.000 anos, foi seriamente danificada há dias, durante a construção de uma conduta para levar água a algumas moradias, em Moncarapacho, concelho de Olhão, denunciou esta semana uma arqueóloga. Sandra Rodrigues, empenhada em documentar as escassas vias da época romana que restam na região (...). "Há poucos dias tive que voltar a este local, com um fotógrafo, para documentar este troço, e qual não foi o meu espanto quando verifico que a maior parte dele estava destruído", disse a arqueóloga, junto ao monte de pedras retiradas do caminho ao longo de cerca de 30 metros - para que a vala fosse aberta. (...) O troço danificado, a norte da aldeia de Moncarapacho, situa- se junto à ponte dos Caliços, construída já no século XVIII e integra-se numa das duas vias que saíam da antiga cidade romana de Balsa - hoje, Luz de Tavira. A outra ligava directamente a Ossónoba, hoje Faro. Estrada de ligação a São Brás de Alportel - vila que servia de ponto de partida para os que viajavam em direcção a Pax Julia - Beja - esta é a mais bem preservada via romana do Algarve, segundo Sandra Rodrigues. (...) "Este calcário meio marmoreado é de grande valor histórico, pois só tem par numa outra via, em Terras d'El Rei., afirma a especialista. (...) Acentuando que não é a primeira vez que estes problemas ocorrem, Sandra Rodrigues chama a atenção para o risco que corre um outro trilho em melhor estado de conservação, mas objecto de mais melhoramentos em épocas posteriores a cerca de 500 metros da zona danificada.»
in Jornal do Algarve 22 de Julho de 2003

Betão sobre a calçada em Póvoa do Mileu
Foto da Calçada « Na Urbanização dos Castelos Velhos está a ser construído um edifício, cujos pilares assentam sobre a calçada, com troços da época romana, que liga o Colégio de São José à Póvoa do Mileu. (...) e que ao longo da sua extensão tem troços que datam da época romana, tem sido nos últimos ano alvo de diversos atentados. (...) O percurso não está classificado pelo IPPAR, mas a dada a sua antiguidade e a utilização por parte dois guardenses transformou-se num local com algum simbolismo. (...) E seja qual for o valor histórico-patrimonial da calçada, o certo é que a situação gerou alguma indignação junto de alguns munícipes que por ali residem e utilizam a calçada como passagem. O estado aparente de abandono da Estação Arqueológica do Mileu também tem suscitado algumas críticas à política da Câmara Municipal da Guarda. Ainda que o espaço tenha sido nos últimos tempos alvo de algumas obras de reabilitação, nomeadamente de embelezamento, a área apresenta um ar desmazelado e para quem está de passagem dificilmente se aperceberá da importância do local. (...) Num colóquio promovido pela autarquia, Jorge Alarcão sustentou que aquela estação estava «muito mal tratada» e que necessitava de urgente recuperação. »
in Terras da Beira 12 de Junho de 1997

Calçada romana destruída pelas obras da VICEG
Foto da VICEG « As obras da Via de Cintura Externa da Guarda (VICEG), na zona do Bairro de Nossa Senhora dos Remédios, junto às futuras piscinas, destruíram os últimos vestígios de uma calçada romana. Maria do Carmo Borges, presidente da Câmara Muncipal em exercício, disse ao TB não tratar-se de destruição. «As pedras foram tiradas do lugar, mas estão religiosamente guardadas». A autarca acrescenta ainda que teve «o cuidado de chamar um arqueólogo da Câmara Municipal de Belmonte para que este fizesse uma avaliação das pedras e ver se realmente são do tempo dos romanos», explica. Maria do Carmo Borges argumentou não ter ainda conhecimento do resultado da pesquisa, mas adiantou que o processo está a ser acompanhado por Nelson Falhas, o engenheiro responsável pelas obras da Viceg. Para alguns moradores do Bairro Nossa Senhora dos Remédios a destruição da calçada romana já não é novidade. A maior parte do troço já tinha sido destruída. »
in Terras da Beira 12 de Junho de 1997


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