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Consolidação da Romanização e a abertura da «VIA NOVA»
A política de romanização do Noroeste é prosseguida sob os restantes imperadores da dinastia júlio-cláudia: Tibério (14-37 d.C.), Cláudio (37-41) e Nero (54-68). Com o assassinato deste último termina a primeira dinastia do Império Romano. No quadro da crise aberta pelo fim da referida dinastia, destaca-se a intervenção do governador da Hispania Citerior, Galba, que é aclamado imperador. Porém, Galba apenas reinará durante seis meses, pois também é morto. Todavia, a sua ascensão ao trono, embora efémera, assinala a importância crescente da Hispania no quadro do Império Romano. A fechar um conturbado período de pouco mais de um ano em que se sucedem três efémeros imperadores, emergiu uma nova dinastia, a dos Flávios, fundada por um general de origem humilde, Vespasiano.
Os textos de autores gregos e latinos, bem como os dados arqueológicos, demonstram que, sob o governo dos Flávios, a Hispania e o Noroeste Peninsular se inserem, definitivamente, no quadro da civilização romana. O imperador Vespasiano (69-74) concede o Ius Latius, que permite a determinados indígenas ascenderem à cidadania romana. Assiste-se à emergência de novos municípios (por exemplo, Aquae Flaviae e Iria Flavia), enquanto que outros centros urbanos se renovam e expandem. Verifica-se uma intensificação da actividade mineira e um crescimento global da economia. É neste contexto que se projecta e concretiza a abertura de uma nova estrada entre Bracara e Asturica, estrada que recebe o nome de «VIA NOVA», e que será citada numa das várias edições do Itinerário de Antonino, como a XVIII. A nova estrada corta em diagonal o triângulo político-administrativo e viário estabelecido por Augusto, com vértices nas três cidades: Bracara, Lucus e Asturica. A «VIA NOVA» cruza o interior montanhoso da Callaecia, bem como o núcleo central das explorações auríferas, a zona do Bierzo, onde se localiza Bergidum Flavium, uma das mansiones citadas no Itinerário, e o complexo mineiro de "Las Médulas", classificado como Património Mundial. Moeda Hispânica, As de Tibério em bronze (14-33 d.C). |