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Conquista do Noroeste Peninsular
No ano 216-214 a.C., pela primeira vez, um exército romano invadiu o Nordeste da Península Ibérica, na sequência da segunda guerra entre Roma e Cartago. Os Cartagineses e os seus aliados ibéricos foram então vencidos, mas a conquista da Península foi paulatina, demorada e arrítmica. Na verdade, o Noroeste da Península apenas entrou em conflito directo com as legiões romanas quase um século depois, em 138-136 a.C., quando se verificou a incursão de Decimus Iunius Brutus. As forças comandadas pelo cônsul romano cruzaram o rio Douro, penetraram na Callaecia e chegaram mesmo a ultrapassar o rio Lima, referindo-se as fontes históricas a uma importante batalha em que os Bracari teriam sido vencidos. Após esta primeira expedição, aumentou a influência do mundo romano no Noroeste Peninsular. No entanto, novos movimentos militares, dirigidos por Licinius Crassus (96 a.C.), M. Perpena (74 a.C.), e Iulius Caesar (61 a.C.), revelam que a Callaecia não ficou totalmente pacificada.
A integração formal dos Galaicos, Ástures e Cântabros no Império Romano, apenas se viria a concretizar depois das campanhas de Augusto, entre 26 e 19 a.C. Nos anos subsequentes ainda se verificaram revoltas e combates entre Ástures e Cântabros, por um lado, e legiões romanas, por outro. Só na última década do século I a.C. o Noroeste é, definitivamente, pacificado. Citânia de Briteiros - panorâmica da encosta sudoeste, observando-se dois dos principais arruamentos do povoado. |