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Mutationes
As mutationes, estações de muda indispensáveis ao bom funcionamento do Cursus Publicus, eram, seguramente, em número muito superior à s mansiones, localizando-se a intervalos mais curtos. Nas vias mais acidentadas encontravam-se junto de pontos de travessia dos cursos de água, ou nas portelas montanhosas. Algumas estariam integradas em pequenos povoados, ou, mesmo, em villae. Outras, ficavam isoladas, limitando-se a um único edifício.
Na descida, ou subida, de Bracara, conforme a direcção do viajante, localizava-se uma mutatio em Adaúfe. No Vale do Cávado supomos que teriam existido pelo menos duas mutationes, uma em cada margem do rio. A margem esquerda do rio, próxima da milha V, poderá corresponder ao arqueossítio designado Bouça Alta. Quanto à da margem direita supomos que existia outra em Carrazedo (Amares). Conhecem-se outras duas mutationes, adiante da Cividade de Biscaia (mansio). Uma no sopé meridional da Serra, na freguesia de Paredes Secas, lugar de Via Cova, no topónimo Mojege. A outra fica no topo da acentuada subida à s cumeadas da Serra da Abadia. Entre Santa Cruz e Saim, existiria uma quinta mutatio, na freguesia de Chorense, junto à ermida de S. Sebastião. Admitimos, também, que a origem de Covide terá resultado de uma mutatio, ou que aqui tenha existido uma villa que terá integrado, entre as suas estruturas, um edifício desse tipo. Por último, em plena travessia da Serra do Gerês, no Vale do rio Homem, localizam-se duas mutationes, uma na milha XXX (Bouça da Mó) e outra em Albergaria (perto da milha XXXIII). Será possível que em Chã das Moruás - Brarroca Caída, entre as milhas XXXV e XXXVI também exista uma mutatio. Temos, portanto uma média de uma mutatio, por cada três a quatro milhas. Reconstituição de uma mutatio (http://publicrelations.unibe.ch/unipress/heft103/bilder/ 4_gebaeudekomplex.jpg). |