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A Pavimentação
Para se entender as características construtivas da «VIA NOVA» é necessário ter em conta o substrato rochoso da região, formado por diversos tipos de granito. Mantendo como objectivo primordial um traçado estável, sem grandes oscilações de cota, a engenharia romana adaptou o traçado de via à s condições litológicas e geomorfológicas.
Em muitos locais, nos tramos de meia vertente, o substrato rochoso era aplanado, por forma a garantir uma superfície dura, sobre a qual se dispunham uma ou várias camadas de preparação, de grande robustez. Sobre esta camada assentavam dois tipos de pavimento. Nas zonas planas, o piso era de terra batida, misturando arenas e alterites, garantindo deste modo plasticidade e consistência. Nos declives observam-se calçadas de lajes irregulares. Noutros pontos a própria rocha terá funcionado como pavimento, talvez porque o grau de dureza não facilitava a sua desmontagem. Ao longo dos séculos o lajeado das calçadas foi sempre reparado, pelo que não se pode considerar que seja, integralmente, da época romana. Em muitos dos vários tramos de calçada observáveis, no percurso da Geira, é fácil registar o desgaste variável das lajes, o diferente grau de polimento e a desigual profundidade dos sulcos dos carros. A «VIA NOVA» foi cuidada ao longo de séculos pelo que, ao lado de um laje original, está uma outra colocada séculos depois. Traçado da «VIA NOVA» ao longo das encostas setentrionais da Serra de Santa Isabel, notando-se o caminho implantado de tal modo que mantém a mesma altitude, sem oscilações de cota. |